A Justiça na era do planejamento estratégico
O crescimento da população e a cultura da judicialização no Brasil impõem ao Judiciário um desafio: vencer um estoque cada vez maior de processos com uma estrutura física e de pessoal que não cresce na mesma proporção, apesar dos investimentos nessas áreas.
Criado em 2004 para regular a atuação administrativa e financeira dos órgãos do Poder Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou, em 2007, que os tribunais de todo o país criassem Núcleos de Estatística e Gestão Estratégica para monitorar os serviços prestados e estudar meios de melhorar a produtividade.
Em 2009, o CNJ coordenou o primeiro processo de planejamento estratégico nacional, estabelecendo diretrizes para todos os tribunais. O primeiro plano cobriu o período de 2009 a 2014. A partir daí, estabeleceram-se metas nacionais para o Poder Judiciário, redefinidas a cada ano.
Através da resolução n° 325, de 29 de junho de 2020, o Conselho Nacional de Justiça instituiu a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2021-2026, dessa forma, foi definido o planejamento nacional com 12 macrodesafios que direcionam para três perspectivas: Sociedade, Processos Internos e Aprendizado e Crescimento. A partir delas os tribunais elaboraram suas estratégias para o período.