Assaltantes presos em flagrante ao realizarem um sequestro relâmpago no último sábado (13), em Belém, já foram soltos um dia após o crime. De acordo com o juiz que determinou a liberdade provisória dos criminosos, a prisão preventiva não foi solicitada pela polícia.
Os familiares das vítimas se revoltaram com a decisão. De acordo com a tia de uma das vítimas, que prefere não se identificar, a sobrinha relatou os momentos de terror vividos durante o sequestro.
“Eles foram perversos, bateram com coronhada na cabeça delas, puxavam o cabelo, apertavam o pescoço delas cada vez que elas pediam clemência . Quando o cerco fechou da polícia, eles deram o telefone para elas ligarem para as famílias para se despedirem. ‘Acabou para nós, mas acabou para vocês também’, eles diziam” relata.
Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a decisão tomada pelo juiz cumpriu a lei. “Esse processo foi julgado e concedido em um plantão de final de semana. Nada impede que família da vítima procure um tribunal, procure o juiz e peça que repense e decrete a prisão dos acusados”, explica a secretária adjunta geral da OAB Pará, Ivanilda Pontes.
Os três jovens feitos refém pelos assaltantes foram liberados após cerca de uma hora de negociação. Ainda houve troca de tiros entre a polícia e os assaltantes até que eles se redessem.
Ainda de acordo com a tia, a vítima ainda está assustada e não consegue sair de casa. “Ela ainda está com a cabeça toda machucada, ela e as outras vítimas. A questão da impunidade ficou bem clara para a gente, que os bandidos estão soltos e elas que são as vítimas estão presas em casa, com medo”, diz.