Vigilante da UEPA foi chamado de macaco por professora de religião afro no ano de 2012. Ele moveu ação contra o Estado
Fórum Cível de Belém recebe nesta terça-feira (6) o julgamento do caso dovigilante chamado de "macaco" por uma professora da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Segundo o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o crime de injúria racial prescreveu, mas o vigilante moveu ação contra o Estado do Pará/UEPA, requerendo indenização por danos morais.
De acordo com testemunhas, a professora Daniela Cordovil tentava entrar na universidade com alguns pesquisadores convidados por um portão que já estava fechado. O segurança Rubens dos Santos orientou o grupo a entrar por outro portão, mas a professora perdeu a calma e começou a xingar o servidor e um dos universitários que defenderam o trabalhador.
Estudantes chegaram a registrar o caso em vídeo com um telefone celular e desafiaram a professora a repetir o insulto. No vídeo, a professora assume que chamou o segurança de "macaco". "Tu é um macaco também. Vai chamar a PM (Polícia Militar) agora!", gritou a professora a um dos universitários.
Três dias após o ocorrido, a professora universitária chegou a pedir desculpas ao segurança durante entrevista exclusiva à TV Liberal, assegurando que a palavra "macaco" não tinha nenhuma relação com o fato do vigilante ser negro.
Também á TV Liberal, o vigilante Rubens dos Santos disse que ficou abalado com o caso. "Ela veio por dentro da universidade e chegou até a mim. Me xingou, me chamou de 'macaco', idiota, disse que eu estava vestido de palhaço", conta o vigilante.