Juíza Alda Gessyane, da 11ª Vara Criminal, ouve dois acusados. Depoimento de Robgol foi adiado para o dia 9 de dezembro.
A justiça do Pará ouviu nesta quarta-feira (2) o depoimento de Semel Charone Palmeira e Edmilson Campos, acusados de ter envolvimento no esquema de fraudes que desviou recursos públicos da Assembléia Legislativa do Pará (Alepa). O depoimento começou às 9h30 no fórum criminal deBelém e se estendeu durante toda a manhã.
Semel atuou no gabinete da presidência da casa entre os anos de 2007 e 2010. De acordo com o judiciário, ela confessou que fez parte do esquema de fraudes, fornecendo documento de amigos para fraudar a folha de pagamentos da assembléia. A ré teria afirmado ainda que prometia empregos e que recebia 10% de cada pessoa que incluia na folha.
A juíza Alda Gessyane, titular da 11ª Vara Criminal, mostrou à ré bilhetes endereçados a Mônica Pinto, cuja participação nas fraudes também é investigada, solicitando a inclusão de nomes de pessoas na folha.
Semel chegou a ser presa temporariamente em 2011. Ela confirmou que, quando teve prisão temporária decretada, a polícia encontrou em sua casa documentos da Alepa e equipamento eletrônico da casa legislativa.
Outros depoimentos
Após o intervalo do almoço, a sessão prosseguiu com o interrogatório de Edmilson Campos, que atuava como chefe de gabinete do deputado Domingos Juvenil. Ele alegou que não tem conhecimento de como funcionava o esquema de fraudes, e afirmou que sua esposa Elenise Silva trabalhava como relações públicas da casa, mas que não comparecia todos os dias na assembléia e que ela chegou a receber, em uma ocasião, o seu salário.
Outro depoimento previsto para esta quarta, o do ex-deputado Robson do Nascimento, o Robgol, foi adiado para o dia 9 de dezembro atendendo a um pedido do advogado Roberto Lauria.