Estelionatário alega insanidade mental
O Tribunal de Justiça do Pará deverá julgar amanhã (20), o pedido de habeas corpus para a soltura de Patrick Castelo Branco da Silva, 42 anos, preso desde o último dia 12 de maio, acusado de cometer vários crimes. Entre eles aplicar um golpe de R$ 243 mil em uma mulher na qual teve envolvimento afetivo. Além deste, Patrick também se passava por funcionário da Companhia de Habitação do Pará (Cohab) para extorquir dinheiro de pessoas inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida.
Somente no TJE, contra ele a 10 processos na Justiça, sendo 6 deles por crime de estelionato. No intuito de conseguir a liberdade de volta, Patrick alegou insanidade mental e a defesa solicitou um laudo médico para comprovar o problema de saúde.
O acusado está no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Santa Izabel, Região Metropolitana de Belém.
O advogado de acusação de um dos processos que Patrick responde, Marco Pina, ressaltou que depois que ele foi preso no mês passado, 15 pessoas compareceram a Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil para denunciar que foram vítimas de golpes do Patrick. “Já foram movidas 3 ações penais contra ele”, frisou.
Pina destacou que se a Justiça aceitar o pedido de habeas corpus não haverá como recorrer desta decisão. No entanto, o processo continuará seguindo.
PRISÃO
Patrick Castelo Branco da Silva, 42 anos, é filho de juíza e está preso desde o último dia 12 de maio, dia em que a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares, Raimundo Flexa. O acusado poderia ser solto mediante o pagamento de fiança, que estava no valor de R$ 243 mil, mesma quantia do golpe que aplicou em uma das vítimas.
No dia em que foi preso o comerciante Wilson Penafort, 38 anos, também procurou a polícia para denunciar Patrick. Wilson o acusava de se apropriar de uma quantia de R$ 2.500. “Eu já o conhecia, só não sabia de sua ficha. Eu entrei em um processo contra uma construtora da qual comprei um apartamento e o Patrick disse que poderia agilizar o processo, que tramita na Justiça”, relatou.
Wilson disse que Patrick pediu primeiramente a quantia de R$ 1 mil para acelerar a tramitação do processo. Três dias depois o acusado cobrou mais R$ 1.500. “Isso tudo aconteceu num intervalo de tempo menor que uma semana. Até que no domingo seguinte ele me mandou um áudio pedindo mais R$ 1.500, aí desconfiei que era golpe”, disse a vítima.
(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)