Trabalho infantil é alvo de campanha
Colocar crianças para trabalhar ainda é visto como algo comum. Mas não é. Esta é a realidade de 200 mil crianças e adolescentes, no Pará. Os dados colocam o Estado como o maior do Norte do País, em números de trabalhadores de 5 a 17 anos, equivalente a 10% da população nesta idade, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A amostragem foi apresentada ontem, na abertura da Campanha Nacional Contra o Trabalho Infantil, no Fórum Cível de Belém. A iniciativa é do Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho do Adolescente, em alusão ao Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, celebrado no próximo domingo (12). No Pará, a campanha tenta combater o trabalho de crianças na extração do açaí.
Essa realidade é vista de perto por João Meirelles Filho, do Instituto Peabiru, que acompanha 4,5 mil famílias, produtoras mel e de açaí, na Ilha do Marajó. “Virou um mercado. Pois é a renda de quase 100 mil famílias no interior”, lembrou. Vale lembrar que trabalho infantil é crime, enquadrado como trabalho escravo e está sujeito a multas e detenção, de acordo com o caso.
(Roberta Paraense/Diário do Pará)