INVESTIGAÇÕES: Bandido que matou policial para roubar sua arma foi morto dentro de hospital
O cabo Vitor Rocha Pereira, lotado na Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), um dos policiais envolvidos na execução de Jaime Thomás Nogueira Júnior, o “Pocotó”, dentro do Hospital Geral da Unimed, no dia 26 de outubro do ano passado, se entregou no sábado (22). Ele estava foragido após a operação que resultou na prisão de outros quatro policiais militares, que também são ou eram da Rotam. A execução teria sido vingança contra a morte do soldado Vitor Cézar de Almeida Pedroso, assassinado a tiros por Pocotó durante um assalto na Cremação, em Belém.
O soldado Walber Fernando da Silva Almeida, de 26 anos; cabo Anderson Fernando da Silva Teixeira, de 32 anos; e Mickley Robertson Cunha dos Prazeres, de 33 anos, ex-militar - expulso pela morte de uma mulher, em 2014 - , foram os primeiros a ser presos. O soldado Rubens Luis Fernandes Maués, de 23 anos, se entregou no mesmo dia. O cabo Victor Rosa era considerado foragido, mas se entregou no sábado. Todos estão detidos no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves (Crecan), em Americano. Armando Brasil, promotor de Justiça Militar, pediu a expulsão dos que ainda servem à Rotam.
Foram oito meses de investigação da Polícia Civil até chegar aos nomes dos acusados e então obter os mandados de prisão preventiva na Justiça. Relatos obtidos pela Divisão de Homicídios, à época da execução, apontavam que oito homens encapuzados participaram da ação, mas cinco entraram no hospital e dois fizeram os disparos. Pacientes, visitantes e funcionários do hospital ficaram em pânico.