Naturalli nega que água esteja imprópria
Administradores da empresa de água mineral Naturalli prestaram esclarecimentos sobre a matéria veiculada no DIÁRIO, na edição do dia 26 passado.
A reportagem “Prefeitura serve água mineral imprópria” se baseou no laudo do Instituto Evandro Chagas (IEC), onde consta a informação de que a água engarrafada pela empresa estaria imprópriapara consumo humano.
Adalberto Rodrigues, administrador da Naturalli, garante que a marca passa por testes laboratoriais diariamente.
Os donos da empresa tiveram conhecimento do caso pelas redes sociais tão logo o laudo se espalhou, no dia 22 de abril.
“A conclusão do exame diz que a amostra de água coletada ocorreu de um galão já aberto. Isso não poderia acontecer”, pontua.
ESCLARECIMENTO
De acordo com Rodrigues, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), abastecido pela marca, solicitou análise de cinco garrafões de água da instituição ao IEC.
Os testes foram realizados pela Seção de Meio Ambiente e constataram que o resultado das amostras apresentadas está dentro dos padrões de consumo estabelecidos pela legislação em vigor.
O laudo foi assinado em 27 de abril.
“Para nossa surpresa, o TJPA havia solicitado análises em seus galões de água e todos os parâmetros foram atendidos”, assegura, mostrando uma cópia do laudo do novo exame do IEC, feito a pedido do Tribunal.
O representante da Naturalli diz que a empresa está no mercado há 10 anos e que testes laboratoriais são feitos periodicamente.
“Passamos pela vistoria por 28 órgãos. A entidade responsável pela avaliação da água é a DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Estamos regularizados e credenciados”, informa.
O DIÁRIO entrou em contato com o IEC, por telefone. Também enviou pedido de resposta por e-mail. Porém, até o fechamento desta edição não houve retorno.
LAUDO DO IEC
Os laudos do Instituto Evandro Chagas que vieram a público mostravam a presença de coliformes fecais em garrafões de água da Natturali.
A empresa, até então, fornecia o produto para o consumo dentro do IEC e o laudo interno vazou para as redes sociais.
As análises foram realizadas pelo Laboratório de Toxicologia e Análise de Resíduos Orgânicos da Seção de Meio Ambiente do IEC. Segundo os exames, a água analisada não se encontra apropriada para o consumo.
Foram observados valores que indicavam a presença de coliformes fecais, em totais desconformidades com as características regulamentadas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As amostras foram retiradas de garrafões abertos de água mineral de 20 litros.
(Emily Beckman/Diário do Pará)