Empresa teria recebido mais de R$ 3 milhões de hospital, sem licitação. Investigação do Ministério Público apontou uma série de ir
A Justiça do Pará decretou a indisponibilidade dos bens de agentes públicos que têm ou tiveram vínculo com o Hospital Ophir Loyola, em Belém, e da empresa que teria sido beneficiada por práticas irregulares que teriam sido cometidas na gestão do ex-diretor do hospital. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (25). O G1 tenta contato com o ex-diretor do hospital público.
A decisão foi proferida pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima após a apreciar a ação ajuizada pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) em fevereiro do ano passado, em razão do pagamento de R$ 3.548.012,54 pelo Hospital Ophir Loyola à empresa contratada para fornecer insumos para hemodiálise sem, para isso, ter realizado licitação.
Em investigação realizada em inquérito civil, o Ministério Público confirmou a procedência dos registros feitos em nota técnica, produzida pela Auditoria Geral do Estado, que apontou a ocorrência de diversas e graves irregularidades na contratação direta realizada pelo hospital.
Diante das provas, o magistrado decretou “o bloqueio de valores financeiros encontrados em nome dos requeridos, até o limite de suas respectivas responsabilidades, em contas bancárias, através do sistema BacenJud”, bem como a indisponibilidade de seus bens imóveis e veículos".