NOVEMBRO: Mudança ocorreu porque testemunhas não podiam comparecer
O julgamento do ex-policial militar Rosevan Moraes Almeida, de 43 anos, acusado de ter matado seis adolescentes a tiros, em novembro de 2011, em Icoaraci, foi adiado para o dia 22 de outubro, às 8 horas, no Fórum Criminal, na Cidade Velha, em Belém. Ele será julgado pelos crimes que ficaram conhecidos como Chacina de Icoaraci. As vítimas foram obrigadas a se ajoelhar e ficar de costas para o criminoso antes de serem executadas. Rosevan alega inocência. É a segunda vez que o ex-PM é acusado de praticar crimes em série. Em 2008, ele também foi preso sob a acusação de integrar um grupo de extermínio que agia no distrito, entre outras áreas em Belém, na operação batizada de “Navalha na Carne”. A princípio, foram atribuídos 136 mortes ao ex-soldado.
A sessão estava marcada para ontem de manhã, porém foi cancelada a pedido da assistência de acusação com concordância do Ministério Público do Estado. A acusação argumentou que duas testemunhas consideradas “imprescindíveis” para a tese de acusação não poderiam comparecer ao julgamento - uma por motivo de saúde e a outra, de deslocamento. A juíza que preside a sessão, Ângela Tuma, do 3º Tribunal do Júri, informou que a partir de agora a Justiça iniciará novamente os trabalhos de intimação das 19 testemunhas do crime. “É um trabalho a mais para a Justiça, mas necessário. Se a parte (de acusação) pede adiamento porque entende qu e a prova que quer apresentar em plenário é imprescindível para sustentar a tese que vão apresentar, a Justiça tem que se quedar a esse tipo de solicitação e marcar uma data mais próxima possível”, justifica.